domingo, 14 de novembro de 2010

A intenção não é mudar nada. Até porque algumas coisas realmente foram feitas pra não durar, pra acabar mesmo e nunca mais terem volta. Eu posso escrever mil coisas que você nunca vai ler pelo simples fato de que eu não quero mostrar. Coisas além dessas.

As duas partes da minha cabeça estão de acordo agora. Elas acham que você vai ser um babaca depois de ler isso. Mas não importa.

É que eu sinto falta.

Uma falta estranha e que já devia ter sido curada por uma questão matemática. Um mês junto menos vários meses separados é igual a esquecimento. É exato. É natural. É assim que deveria ser. E seria assim se eu acreditasse mais em coincidência e conveniência e menos em destino. Se eu fosse mais ciências exatas e menos ciências humanas. E menos verdade. E menos sangue quente. E menos Lorena. E menos.

Não adianta rezar de joelhos pro deus que eu acredito, não adianta aplicar os conselhos que recebi, não adianta beijar outros homens, não adianta dormir com eles. Nada adianta. Todas as vezes que estou sozinha eu penso nisso. Todas as vezes que estou (levemente) bêbada, eu penso nisso. Todas as vezes que quero alguma coisa, eu quero isso.

E esqueci o meu passado. Parece que tudo o que existia antes ficou opaco. Só isso parece real, apesar de ter certeza de que foi real só pra mim. Apesar de todos verem uma mentira que só eu acreditei.

O que quero com isso? Nada. Apenas registrar o fim de uma fase que a partir desse instante faço questão de encerrar. Só pra fechar o ano leal aos meus princípios.

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