segunda-feira, 26 de julho de 2010


O princípio do começo é o início do final.
Marcha rápida ganha atalhos e acelera devagar. Amor apaixonado delirante odioso. A cópia, da cópia, da cópia do original. O barulho do silêncio agudo como um sussurrar. Sem vírgula, sem ponto, sem sentido, sem cessar. Mais rápido, contínuo, pausado, sem parar. Certo, vacilante, verdadeiro e vulgar. Carente, veemente, crente, insistente. Na batida, fora do ritmo, cética, usável, doente. Pra agora, nesse instante. Pra quê ir devagar?

Cata-vento, roda gigante, algodão doce, mesa de bilhar. Fantasia, desejo, sexo, pulsar. Machucando, mais rápido, adulando pra castigar.
Paradoxos, hipérboles e algumas metáforas. È uma, são duas, é meia, são várias. É a metade e o inteiro, o lado certo e o avesso. Na boca, nos nervos, no sangue, nas veias. Oral, passional, frigida e carnal. Na língua, nos ossos, na pele, no metal. Incompleta e completa, duvidosa e concreta. Incandescente, congelada, apática e visceral. O meu começo, o seu final. A minha boca na sua, a língua dela é suja. Nua, na rua, no beco, só sua. Vodus, chicotes, salto alto e agulhas. Velas, incenso, maresia e tortura. Careta, pura, bandida, puta. Minha, sua, rua, nua. Sua, minha, crua, puta. Seca, molhada, lisa, marcada. Reticente, marginal, simples, animal.
O princípio do começo é o início do final.


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