segunda-feira, 16 de novembro de 2009


É o meu silêncio. E as horas. E o vento.
Se eu fosse um pássaro, moraria na Praça da Liberdade.
Se eu fosse mendiga, tomaria banho na Praça da Liberdade. Roubaria xampu, sabonete e condicionador nas drogarias. Roubaria comida. Assustaria as pessoas. Invadiria uma casa abandonada.
É engraçado termos respeito pelas ordens sociais que mantêm nossas diferenças. Aquelas diferenças que nos fazem perder a dignidade.
Sou meio passarinho, meio mendiga. Uma quase livre.
Uma quase presa.
Uma quase alguma coisa beirando o absolutamente nada.
Uma quase livre-nada.
Quase totalmente livre, quase pássaro-indigente-nada. Mas livre.
Uma quase pseudo- liberdade ingenuamente articulada.

PS: esse texto é ridículo, eu tenho plena consciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário