Mostrando postagens com marcador patinetes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador patinetes. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

verdade absoluta



"Quem quer sair de uma história, cala-se e vai embora.
Porque as grandes dores são mudas.

E decisões definitivas não se demoram em explicações."

marta medeiros



.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

perfecta


Cómo decir que me parte en mil
Las esquinitas de mis huesos?
Que han caído los esquemas de mi vida
Ahora que todo era perfecto?
Y algo más que eso
Me sorbiste el seso
Y me deciende el peso
De este cuerpecito mío
Que se ha convertío en río
De este cuerpecito mío
Que se ha convertío en río

Me cuesta abrir los ojos
Y lo hago poco a poco
No sea que aún te encuentre cerca
Me guardo tu recuerdo
Como el mejor secreto
Que dulce fué tenerte dentro

Hay un trozo de luz
En esta oscuridad
Para prestarme calma
El tiempo todo calma
La tempestad y la calma
El tiempo todo calma
La tempestad y la calma

Siempre me quedará
La voz suave del mar
Volver a respirar
La lluvia que caerá
Sobre este cuerpo y mojará
La flor que crece en mi
Y volver a reír
Y cada día un instante volver a pensar en ti

En la voz suave del mar
En volver a respirar
La lluvia que caerá
Sobre este cuerpo y mojará
La flor que crece en mi
Y volver a reír
Y cada día un instante volver a pensar en ti...

siempre me quedará - bebe

segunda-feira, 6 de setembro de 2010




-Por que você não consegue parar de falar disso, Lorena?

-Não sei! Eu quero parar, eu quero esquecer! Me ajuda a esquecer... Conserta a minha cabeça!

-Você tá triste...

-Não tô...

-Tá sim!

-Eu sou triste na maior parte do tempo. Mas não se preocupe, eu nunca tô realmente triste.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010


por onde anda seu desejo andam seus pés...



[verso lindo de um poema lindo do meu querido amigo Emerson.
e que se encaixa perfeitamente na personalidade da Lorena.]

domingo, 15 de agosto de 2010


What's new?

We're not lonely but we miss you...


sábado, 31 de julho de 2010

Daniel, seu paletó pós-moderno e nossas memórias in the cage.


And love me for my mind, 'cause i'm a dangerous heart
...

domingo, 18 de julho de 2010




"Um homem não se apaixona por uma mulher por conta de detalhes. Não é o fato de ela ter um cabelo assim, um modo de agir assado, uma bunda desse ou daquele jeito ou uma maneira outra de pensar que faz com que ele a considere o seu par, a sua mulher, o seu amor. O tipo de sentimento profundo que brota do peito do homem em direção à amada nasce de uma única coisa: o vínculo. E uma pessoa não escolhe viver ao lado da outra porque se vincula a detalhes. O vínculo se dá em torno do que há de mais essencial no ser humano. Um homem se apaixona pelo que uma mulher é em sua essência, em sua mais íntima dimensão. O tipo de coisa que se percebe quando estamos despidos de todas as convenções sociais: filho de, amigo de, vindo de onde, vive de quê, essa ou aquela história de vida, esse ou aquele personagem, muito ou pouco dinheiro. Quando nos tornamos eu e você na última esfera possível do humano, quando somos praticamente bichos, quase animais irracionais, eu te amo. Eu te amo muito, por completo, totalmente, inteiro, irrestrito. Tudo o que representa ‘eu’ em mim te ama. E só. Tem mais não. "

qinho lindinho


quinta-feira, 27 de maio de 2010

(...)

lá o tempo espera
lá é primavera

portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar
em todas as mesas pão
flores enfeitando
os caminhos, os destinos, os vestidos
e essa canção
tem um verdadeiro amor para quando você for


vem andar e voa...

vilarejo - marisa monte

sexta-feira, 2 de abril de 2010

vem


morrendo de dor com música, me apaixonando com música. transbordando com.

procurando motivos para.


sexta-feira, 5 de março de 2010



Os gatos são pardos, selvagens e saem à caça.

É sábado numa cidade cinza e automatizada, onde todos andam sobre rodas. As noites são densas, carregadas do cheiro de asfalto molhado, decadência e sonhos perdidos de jovens egos inflamados.

Felinos pardos selvagens saem de esconderijos iluminados por aparelhos de TV. Levam consigo seus jovens egos inflamados à caça.

Encontram-se em abrigos subterrâneos com jogos de luzes e flashes capazes de causar confusão mental e cegueira momentâneas. Todos se vestem à caráter, como o esperado. Seriam uniformes se não insistissem em imprimir nas roupas um pouco de personalidade. Dividem-se geralmente por gêneros em grupos e duplas, mas existem também os animais solitários. A verdade é que todos estão mesmo sozinhos.

Provavelmente nunca se viram, porém compartilham o gosto por abrigos subterrâneos pouco ventilados. Animais solitários buscando conforto e aprovação entre estranhos. Um refúgio pós-moderno decorado pela mistura de conceitos futuristas, pop art e balcões de madeira rústica. Resultado de uma busca frustrada por originalidade. Quem se importa?

O som tem um volume capaz de não deixá-lo pensar ou ouvir quem fala com a boca colada na sua orelha, mas não tão alto a ponto de torná-lo surdo. Eliminem a conversa, mantenham os corpos grudados. Os gatos fecham os olhos, movimentam-se no ritmo, ficam excitados. Lançam olhares lascivos, ganham confiança bebendo leite aditivado. Anestesia geral. Generalizada.

[Aniquilem nossos sentidos. Dêem-nos prazer. Façam-nos esquecer que caminhamos para o nada. Somos animais perdidos, acumulamos fracassos, nos sentimos culpados. Pequenas luzes de esperança batendo no mundo. Apagando-se no compasso do tempo.]

Enquanto a madrugada avança do lado de fora, o ar do subsolo fica cada vez mais carregado. Fumaça, suor, tesão, oxigênio condensado. Sorrisos de sábio chinês nos lábios, olhos semicerrados. Chegamos a um novo estágio agora, de esvaziar o corpo e encharcar a alma. Uma grande oportunidade de entrarmos em contato com o outro mundo. Se acreditássemos nele.

Uma das felinas olha para o teto com admiração, alegria e perplexidade. Mantém os olhos fixos num ponto, ergue os braços numa tentativa de tocá-lo, sente-se iluminada. Jesus Cristo na boate? Impossível. Somos animais quase racionais, quase selvagens, quase civilizados. Não acreditamos no inexplicável. Seria apenas mais um ponto de luz se ela não estivesse chapada.

Substâncias ilícitas, hedonismo, autopiedade.
Animais degenerados.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010



"Tonight I'm tangled in my blanket of clouds...

...dreaming aloud"


terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Apoiarei meus cotovelos sobre os seus antebraços largos e com o rosto quase colado nos seus olhos amargos ensaiarei mais alguns olhares cálidos, mansos, dissimulados para desculpar a minha falta de escrúpulos.
Você vai acreditar, me foder com força pra se vingar e falar na minha boca:
Eu amo você.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Imagem de Virgínia sofrendo uma convulsão, coitada.


O coração de Virgínia ardia como brasa e enquando sua mãe corcunda preparava o jantar, a moça sentiu na língua o princípio de uma convulsão. Durante o tempo em que observava a filha se contorcendo no tapete da sala, a velha corcunda exclamava cintilando os olhos foscos: “como é bonito o que o ser humano pode fazer com o próprio corpo!”

Velha sádica.


sábado, 12 de dezembro de 2009















Deixa eu te dizer uma coisa:
A diferença entre nós e você é que rimos com os olhos também.

ps: Tô apaixonada pelo Daniel Johns.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


É o meu silêncio. E as horas. E o vento.
Se eu fosse um pássaro, moraria na Praça da Liberdade.
Se eu fosse mendiga, tomaria banho na Praça da Liberdade. Roubaria xampu, sabonete e condicionador nas drogarias. Roubaria comida. Assustaria as pessoas. Invadiria uma casa abandonada.
É engraçado termos respeito pelas ordens sociais que mantêm nossas diferenças. Aquelas diferenças que nos fazem perder a dignidade.
Sou meio passarinho, meio mendiga. Uma quase livre.
Uma quase presa.
Uma quase alguma coisa beirando o absolutamente nada.
Uma quase livre-nada.
Quase totalmente livre, quase pássaro-indigente-nada. Mas livre.
Uma quase pseudo- liberdade ingenuamente articulada.

PS: esse texto é ridículo, eu tenho plena consciência.

domingo, 15 de novembro de 2009

Etcetera, etcetera... ♫

Os homens deveriam ser de corda. Aí vc daria corda quando quisesse usá-los e quando se tornassem obsoletos, era só deixar alí, em um cantinho. Ou colocá-los em um lixo de coleta seletiva para serem reciclados.

Deveria haver, em toda casa, um botão escrito "clear". E então, ao simplesmente apertá-lo, toda a sua casa - inclusive o quintal e os cachorros - ficariam limpíssimos e cheirosos. Enquanto a vassoura serviria apenas para espantar visitas indesejadas ou passar nos pés de alguém que não pretende se casar.

Deveria haver, no meu corpo, uma substância que me deixasse comer tudo e, ainda assim , continuar magra e saradíssima (com direito a barriga chapada e pernas incrivelmente duras).

Deveria haver alguma mágica que fizesse meu celular ter créditos ilimitados e, principalmente, meu cartão de crédito. E o que é melhor! Sem nenhuma fatura no final do mês.

Deveria haver uma terminação nervosa no cérebro das pessoas que as obrigasse a se preocupar mais com o bem das outras e com o meio ambiente. Não sei quanto a você, mas eu sinto dor sempre que vejo alguma imagem de desmatamento ou violência contra os animais.

Deveria haver uma casa toda feita de doces, assim como na história de João e Maria, só pra mim!!!

Deveria haver um produto que fizesse todos os pêlos do corpo feminino (menos sobrancelhas e cílios, é claro) caírem e não nascerem nunca mais e outro para as unhas, que as deixasse sem cutículas e prontas para passar esmalte. Além de uma pílula capaz de, milagrosamente, fazer meu cabelo crescer até a cintura de um dia pro outro.

Deveria haver 300 milhões de reais na minha conta. No mínimo.

Deveria haver um sensor em mim que me avisasse antes que eu vou me machucar.

Deveria haver alguma coisa que troxesse aqui pro meu lado o Daniel Johns. Ou o Johnny Deep. Ou o Michael Vartan (esse tem um olhar absurdamente apaixonante).

Deveria haver em mim asas, o poder de me teletransportar e de ler a mente da pessoa que eu quisesse, quando eu quisesse (um dom conveniente, eu diria).

Deveria haver um perfume que, quando o Coelho sentisse, se esquecesse completamente da Sra. Coelha Sortuda e do lugar que ele ocupa. E então, ele ficaria louco, deliciosa e completamente entregue às minhas vontades. Só às minhas, que fique bem claro!

Deveria haver, dentro de mim, uma segurança inabalável.

domingo, 8 de novembro de 2009

Cigarette brake II



Nem os playboys, nem os sarados, nem os ricos, nem os intelectuais. Eram os idealistas que a atraiam mais. Eles tinham mais brilho nos olhos, esperança no futuro, acreditavam nas pessoas, pensavam livremente, não continham gargalhadas.

Mesmo sabendo de cor todos os padrões esperados de comportamento, aparência e posição social dos homens que por ventura estariam em sua companhia, gostava mesmo dos idealistas. Com eles havia espaço para histórias, arte, transbordamentos, risadas histéricas, incursões revolucionárias, sonhos.

Certa vez, conheceu um rapaz que guardava para ela olhares graves - hora macios, hora severos. Ele sempre usava chinelos, tinha cheiro de roupa lavada, cabelo bagunçado e uma tranqüilidade quase irritante. Apesar de parecer indiferente, tentava impressiona-la, quase sempre conseguia. Era meio ator, meio poeta, meio louco e, acima de tudo, idealista. Havia nele olhos ardentes, sorriso fácil, amor gratuito pelas pessoas, tesão pelo mundo, verdade. Com ele, podia falar livremente sobre tudo, pintar seu rosto, rasgar-lhe as roupas, fazer sexo por amor, por tesão, por pura sacanagem e rir, rir muito.

O que os unia não tinha relação alguma com convenções sociais, hábito ou estar junto por medo de ficar só. Ao contrário. Eram unidos pela vontade, pelo bem-estar que causavam um ao outro, mesmo quando brigavam (geralmente) violentamente. Uma força maior, um magnetismo impedia que seus corpos não se atraíssem, não se tocassem... Era como tentar resistir ao irresistível.

Ele era capaz de aceitar seus defeitos, que não eram poucos, e até achar graça nas suas desconfianças, mesmo quando infundadas. Porque ela ardia, sentia, amava. O corpo dela, os ossos, a pele, a boca dela. Tudo estava ali, tudo queimava por ele.

Ela gosta dos idealistas porque acredita que eles se permitem, deixam-se levar por ela e a aceitam bem do jeito que ela gosta de ser. Ela gosta deles porque há espaço pras suas fantasias, suas histórias, seu sorriso fácil, sua verdade, seus transbordamentos, seu tesão pelo mundo.

Gosta, porque há lugar para o vínculo sem alianças, sem definições de posição ou compromisso, nem hora certa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


A velhinha corre. Ela é velha, mas corre. Eu não corro, sou adepta a outros tipos de atividades físicas. Tem uma mulher sentada na minha frente com muita banha sobrando nas costa. Ela está vestida com roupas provavelmente inadequadas para o seu tipo físico, mas parece confortável com isso. Tem o cabelo bonito. Acho que fez redução de estômago. Numa situação como essa, vestir-se mesmo que inadequadamente deve ser muito mais confortável. Ela se levanta, anda desajeitada e com pressa. Talvez vá visitar alguém no hospital. Pensamentos fúteis e suposições sobre a vida alheia sempre percorrerão sua mente quando estiver tentando gastar o tempo enquanto espera a sua vez numa fila qualquer.